“Foi através da ATARECO que se criou esta reserva. A ATARECO já recebeu muito recurso, mas faltou planejamento e organização, nem sempre soubemos trabalhar com cabeça.” Francisco Oliveira Lima Custódio “ATARECO é um nome de fantasia que foi colocado porque acharam que devia ter este nome. Nós acredita que ATARECO somos nos, sócios, nos que lutamos para chegar até aqui, e que é um órgão de sócios que vive aqui dentro, trabalhando para os sustento das famílias”. “A ATARECO nasceu através das quebradeiras de coco. Ela já completou 13 anos. Antigamente, antes de criar a ATARECO, aqui era dos fazendeiros.
Era difícil a pessoal trabalhar, porque os fazendeiros não deixavam, arrendavam para as mulheres que quebravam coco, e em certos lugares o fazendeiro não deixava, porque tem esta historia que o cavaco machuca o gado Alguns deixavam, outros não era nem para sonhar de entrar. Tinha que levar o saco de coco na cabeça para levar pro lado de fora do arame, Alguns deixavam, outros não era nem para sonhar de entrar.Tinha que levar o saco de coco na cabeça para levar pro lado de fora do arame na beira da estrada…Quando entrou a ATARECO, e depois a reserva, os lotes ficaram liberados para as pessoas trabalharem. Ficou bem mais facilitado. Com a criação da ATARECO, veiu a indenização das áreas e melhorou a situação dos trabalhadores, das quebradeiras. Graças a Deus, a gente vive mais a vontade.Eu sei que a ATARECO é importante dentro da reserva em todos os sentidos. Ela é importante para nós, para conseguir coisas do governo, um projeto, uma facilidade maior.Veja bem, depois que a reserva foi indenizada, todos possuem seu lugarzinho. E ficou para que todos os pais que tivessem seus filhos tenham onde agasalhar.
Se não tivesse a ATARECO, já teria se acabado, já não teria mais floresta… Aqui, tem as áreas de roça, mas também tem as áreas de reserva, que ninguém mexe. Ela esta la para o bichinho comer, beber, e usar o que puder la dentro. E independentemente da reserva do lote, tem as outras áreas de reserva: tem o Castanhal, muita castanha, muito bonito, é intocável ninguém mexe. Tem outra numa chapada acolá que é só de serra e não presta para botar roça. Ficou para trabalhos coletivos.”
Maria José Silva do Nascimento, Antonio Gonçalves da Silva, Maria Helena Gomes de Souza
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