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Um projeto apresentado e selecionado pelo PROGRAMA MAIS CULTURA MICROPROJETOS - AMAZÔNIA LEGAL, Edição 2010. Com o objetivo de: Elaborar e Organizar um Inventário Histórico Social da Comunidade de Trabalhadores e Trabalhadoras Extrativistas da Reserva Extrativista de Ciriaco - Cidelandia - MA. A partir do registro do cotidiano dos moradores. Na quebra do coco, no labor da roça, nas festas religiosas, nas formas de lazer e outros costumes que compõem a identidade cultural da população tradicional. Esquadrinhado através da fotografia. A proposta foi elaborada e apresentada por Vanusa da Silva Lima (Vanusa Babaçu) pesquisadora sobre a Resex Ciriaco, Pedagoga e Fotógrafa Amadora.

domingo, 2 de outubro de 2011

A MOSTRA - Noticias

http://www.jornalcorreiopopular.com/?id=16835


Ciriaco reclama falta de cuidados com questões ambientais

Ela e um grupo composto por outros jovens participam de um projeto que tem o objetivo de resgatar a história do povoado e apresentar ao mundo, através de fotos.
Redação

O alerta feito por Claudeane sobre a falta de cuidados na Reserva Extrativista Ciriaco, município de Cidelândia-MA, é na verdade uma reposta ao nosso questionamento sobre os principais problemas vividos pela comunidade. Ela e um grupo composto por outros jovens participam de um projeto que tem o objetivo de resgatar a história do povoado e apresentar ao mundo, através de fotos, as belezas e riquezas daquela região. 

O problema, segundo ela, é que “hoje as pessoas não valorizam tanto o que temos, parte dos habitantes da reserva (Reserva Extrativista de Ciriaco) não contribuem com isso e desenvolvem ações que prejudicam o meio ambiente, como o desmatamento, por exemplo”. Além disso, conta a moradora que o uso indevido do coco babaçu causa prejuízos principalmente às quebradeiras de coco.

Os jovens informam que estão acostumados a ver caminhões saírem carregados do povoado com carvão feito a partir do coco babaçu verde, o que eles consideram errado. “As pessoas vivem da extração de produtos que a terra oferece, o coco é um desses. Muita gente queima o coco verde e inteiro e vende para siderúrgicas, e quem precisa de coco para retirar azeite vai ficar no prejuízo”.

Claudeane explicou que um dos prejuízos que se tem ao queimar o coco ainda verde é a perda do mesocarpo, uma parte que fica entre a “pele” e a amêndoa (bago), que serve como alimento e, em alguns casos, é usado como remédio. Além disso, tem a amêndoa que é usada para comer, vender, retirar o azeite, fazer leite de coco. “Isso tudo é queimado e as pessoas não se preocupam que um dia tudo pode acabar, não é todo tempo que temos coco, é em alguns períodos do ano”.

Um dos banhos mais frequentados no povoado é o chamado “Mastigado da Jumenta”. De acordo com Claudeane, existem bares situados às margens do local que não se preocupam com a conservação. “Nem uma placa pedindo para não jogar lixo no córrego, existe. Tem aqueles tambores, mas as pessoas preferem ver o lixo descendo rio abaixo”.

Claudeane e um grupo de amigos fazem parte de um projeto idealizado pela pedagoga Vanusa Babaçu, e ontem realizaram uma exposição fotográfica no pátio da FEST, para mostrar o cotidiano, as belezas e personalidades do povoado Ciriaco. (Matéria ilustrada com fotos da exposição)

Hemerson Pinto

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